Crianças ribeirinhas

Exposição "O amor no silêncio do olhar"

"O amor no silêncio do olhar"


Revelando o Brasil por meio de uma memória coletiva, a fotógrafa Izabela Diniz Freitas busca novas rotas  de informação e eterniza seu amor a arte. Na sinceridade da expressão ela se mistura aos seus lugares, se junta aos seus personagens e interliga seus sentimentos como protagonistas do seu próprio trabalho.

Graciosamente adequa a figura humana à simplicidade das atitudes que a vida requer, cujo poder do olhar domina a forma de comunicação. No silêncio do dialeto ocular, surge uma linguagem mundial. Além do físico, percebe o oculto, além da inspiração, percebe o intuitivo, além da fé, percebe a criatividade.

Retratos de pessoas que parecem estar perdidas no tempo… porém, evoluídas ingenuamente na forma primitiva de ser e amar, de silenciar sem disfarçar os sentimentos. Uma cultura diversa que se dispõe a uma viagem interna para uma realidade desconhecida e que trabalha no ser, a maneira de ver o mundo.

O silêncio do olhar se entrelaça ao frágil sentimento do amor, na sinceridade de expressão os seus olhos dizem de você…

"O amor no silêncio do olhar" é uma dessas incursões, em que a fotógrafa visa o "despertar do olhar" para a catarse do amor nos corações mais auto-suficientes, um contato real do poder do silêncio e um desabafo introspectivo na busca da felicidade através da simplicidade. As vezes olhamos mas não enxergamos, é preciso olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração.

Através dessa simbiose criada entre o ser humano, o natural e o simples, a conexão divina com a fotografia inerentes a toda sua sinestesia e multidimensionalidade, podemos criar vínculos que se extendam além da matéria, do lugar e do tempo. Algo que estabeleça uma conexão entre o que somos e o que sentimos, uma invasão nos seres materializados como uma bomba intensa de amor que leva do enxergar à emoção, envolto de energias que vibram afim de se produzir construções e ações verdadeiramente transmutadoras e sustentáveis no mundo de hoje.

No momento da criação fotográfica tem-se enigmas indecifráveis culturais escondidos por trás de gestos e olhares. No solo sagrado abençoado do Brasil, a oportunidade de fortalecer a união da simples matéria ao espírito, os desejos interiores são inexplicáveis com palavras.


"Minha percepção ligeira soa como um convite ao olhar que fala, ao enxergar que dói e as palavras que não são ditas. O superficial se torna dispensável, meu olhar entra em uma transcendência meditativa e o simples toma um envolto para o equilíbrio da sofisticação. Dessa forma, percebo que minha angústia perante o mundo perde a intensidade e o amor me invade a alma."


O que os seus olhos dizem de você?